Punk Marketing


Segundo Richard Laermer e Mark Simmons autores do livro Punk Marketing definem entre outras coisas o Punk Marketing como uma maneira diferente de se fazer as coisas. É uma filosofia que rejeita as verdades estabelecidas e que parte da premissa que agora é o consumidor (não as marcas) quem “manda”
Richard Laermer e Mark Simmons vão mais além e um pouco à “lá profeta” Segue-se: “não ceda aos clientes”; “não seja controlador”, “nunca perca a honestidade”, “crie inimigos”, “deixe que os consumidores descubram a qualidade da sua marca”, “pense à frente dos rivais”, “não se deixe iludir pela tecnologia”, “mantenha-se fiel às suas vantagens competitivas”, “comunique com simplicidade”, “aposte sempre na qualidade”, em detrimento da quantidade, “use novas ferramentas de marketing” (por exemplo, os blogues ou os “social networking sites” como o MySpace, You Tube, Facebook ou Second Life) e, por fim, “interrogue-se constantemente” e não receie a mudança.


Os autores defendem que esta mudança do poder para os consumidores é uma revolução.

Quando decidi pegar neste tema não sabia o que ia encontrar, mas fiquei bastante curioso pelo nome atribuído, realmente deixa as demais técnicas de comunicação retratadas neste blogue com um “ar” mais modesto (menos freak?). Na realidade encontrei algumas incongruências nas “profecias”, ora “o cliente é que manda” vs “não ceda ao cliente”, ora “use novas ferramentas de marketing” vs “não se deixe iludir pela tecnologia”, etc….


Depois das incongruências, chega a vez do ovo de Colombo, “comunique com simplicidade”, para isso não é necessário ser Punk, “nunca perca a honestidade”, Punk para quê?, “pense à frente dos rivais”, até Kotler diz isso!!!, e continuando por aí fora, isto ia dar “uma ganda bolta”.
Mesmo sabendo que todas as técnicas retratadas neste blogue têm um pouco umas das outras, a verdade é que no Punk Marketing a única coisa que encontro de diferente é o nome, no entanto, tentando ver uma “luzinha LED” ao fundo do túnel, posso compreender como vantagem a criatividade que é necessário empregar nesta “técnica” de comunicação, mas como desvantagem a criatividade desmedida pode levar a que a mensagem não seja compreendida ou seja mesmo repulsiva (tipo...calado dás um belo discurso)

Marketing Directo


Segundo (Kotler, 1985) Marketing Directo é a demonstração que qualquer meio de comunicação ou publicidade interactiva que possibilite a geração de uma resposta mensurável como um pedido, contacto por parte de um cliente.



O Marketing Directo comunica de uma forma directa e personalizada para compreender um conjunto questões que permitam identificar, conquistar e fidelizar os actuais e potenciais clientes. É uma ferramenta de marketing interactiva, sem intermediários, que privilegia o contacto directo com o público-alvo, englobando funções de distribuição e de comunicação. As principais formas de comunicação são o telefone e o e-mail. É evidente que o peso do e-mail tem tido um crescimento enorme, canalizando cada vez mais investimentos de marketing. A sua maior eficácia assenta na selectividade, interactividade e na mensurabilidade de resultados.
Esta técnica tem como principais pilares a divulgação da marca ao público-alvo definido, diminuição da dispersão de verbas publicitárias, obtenção de resultados mensuráveis, aumento de rentabilidades e assenta a comunicação no produto/marca.

Com exemplo deste meio de comunicação a famosa Marks & Spencer decidiu celebrar o lançamento da sua nova linha de roupa interior de uma forma “directa”: espalhou uma série de modelos devidamente “vestidas” pelas movimentadas ruas de Londres.

Vantagens identificadas são, permite transmitir informação e receber o feedback do mercado, custo inferior a uma rede de intermediários, provoca uma resposta rápida e imediata facilitando a medição da sua eficácia.


A principal desvantagem é a necessidade de uma base de dados actualizada onde estejam identificados o público-alvo a contactar directamente



(Fonte:http://prof.santana-e-silva.pt/EGI_estrategia_mk/trabalhos_07_08/marketing)

Marketing Tribal

O marketing tribal prefere uma relação mais pessoal entre a organização e o consumidor. A Empresa deve entrar na tribo de forma cuidadosa e partilhar a mesma linguagem, emoções e rituais”. (Cova, B., Kozinets, R., Shankar, A. (2007). Consumer Tribes. B.H. Catching).



Na finalidade o Marketing Tribal é uma forma de marketing que se sustenta na criação de grupos com interesses comuns, é uma forma muito personalizada de Marketing que seja capaz de reconhecer, compreender e de apreciar as necessidades de grupos específicos de consumidores. As organizações que intervêm neste mercado devem adaptar-se, propondo rituais que facilitem a agregação dos membros da “tribo”, e tudo isso passa por uma grande variedade de produtos ou serviços. A internet, os clubes e o multimédia móvel são instrumentos propícios para o desenvolver uma estratégia de Marketing adaptada a grupos que são identificadas.






As pessoas confiam num conhecido ou amigo que experimentou um produto, que pode mencionar as suas vantagens e que o aconselha por algum motivo. Não sendo exactamente a mesma coisa, no marketing tribal, há uma “tribo”, ou seja grupo de pessoas que partilham características semelhantes ou algum tipo de interesse semelhante, a quem é apresentado um produto que se sabe à partida que irá satisfazer os seus interesses e espalhar as vantagens do produto apresentado. Com isto, há a criação de comunidades, muito facilitada pelas novas tecnologias, em particular a internet, mas não apenas desta forma. Uma pessoa que faz parte desta comunidade têm acesso não só aos últimos produtos da empresa em questão, como também pode interagir com elementos da própria empresa destacados para este trabalho em particular, como com os membros do grupo, obtendo sugestões, ideias, conselhos, ou simplesmente comunicando com pessoas que partilham dos mesmos interesses, o que dá uma sensação de grupo e união.







Neste video podemos ver como se define o Marketing Tribal em relação ao "convencional"


Temos inúmeros exemplos de Marketing Tribal como os clubes de futebol, Sumolicos anónimos, mas vou destacar:





As vantagens no Marketing Tribal se bem conseguido são muitas é forma da organização não só consolidar o grupo de consumidores fiéis do produto ou serviço como também contribui para que essas mesmas pessoas sejam um veículo para a divulgação do mesmo, o que fará com que outras pessoas adquiram o produto ou o serviço. Isto significa para a organização, menos custos de comunicação se for bem implementado, maior fidelização ao produto ou serviço.

As desvantagens são sobre o inicio da aplicação desta técnica, porque é criada sobre uma moda que pode ser sazonal e rapidamente desaparecer dentando por terra todo o investimento realizado. A exigência da “tribo” sobre a organização é elevada, exigindo investimentos constantes de melhoria no produto ou serviço oferecido.




(Fonte: http://dn.sapo.pt/2005/04/13/media/sumolicos_marca_imprensa.html onte:htps://bdigital).ufp.pt/dspace/handle/10284/591)

Marketing Digital




Acompanhando o desenvolvimento tecnológico, o marketing digital surge para oferecer uma nova dimensão à comunicação, vendas e relacionamento com o mercado. De acordo com Chleba (1999, p.18), estratégias de marketing voltadas para as tecnologias digitais vêm sendo desenvolvidas por uma série de empresas que têm visado a sua utilização para comunicação institucional e de produtos, em promoções, vendas on-line, serviço de atendimento a clientes, entre outras acções criativas implementadas com as novidades tecnológicas do mercado.

O marketing digital utiliza canais de comunicação multimédia ou interactivos, como por exemplo, a internet e a televisão interactiva para alcançar o seu publico alvo.
Na utilização da internet o acesso a páginas Web e e-mails são os veículos possíveis, enquanto na televisão através de canais interactivos é o meio possível.

Ao ritmo que este recurso de comunicação está avançar é fundamental para todas as organizações estarem presentes, correndo o risco se não o fizerem, perderem oportunidades que muitas vezes são irreversíveis.

Vendo a importância deste meio, muitos países incentivam a utilização deste meio como por exemplo Portugal, onde vários serviços do estado podem ser utilizados a partir de um simples computador. A compra de computadores são incentivados pelo estado através de diversas ajudas como por exemplo deduções de impostos, preços mais acessíveis e o acesso a operadores de internet mais simplificada e com uma concorrência menos cartelizada. Hoje em dia já existem indicadores que o acesso à internet é mais recorrente que a televisão.


A utilização do Marketing Digital facilita às organizações o processo de internacionalização sem que para isso tenham que despender de mais recursos financeiros, conseguindo atingir um maior numero de publico que qualquer outro meio convencional. Grandes organizações que dispõem de consideráveis recursos financeiros para comunicar em meios convencionais, observando a importância deste meio divulgam os seus produtos ou serviços com igual cuidado às campanhas “tradicionais”.

O exemplo mais mediático e recente foi a campanha levada a cabo pela candidatura de Barack Obama, até então nenhuma outra campanha política tinha investido tantos recursos em Marketing Digital.

As vantagens são diversos começando pelo contínuo crescimento de utilizadores de internet em todo o mundo, a comunicação pode ser global e com isso atingir milhões de utilizadores, com poucos recursos financeiros. Permite ter acesso a bases de dados fiáveis. Consegue-se disponibilizar mais informação aos clientes com mais facilidade, reduz intermediários, colocando o produto com preços mais competitivos.


Nas desvantagens destaca-se a dependência das redes digitais e do seu correcto funcionamento. Muitas vezes a mensagem pode ser confundida como SPAM onde hoje em dia já existem ferramentas para bloquear esse tipo de mensagem.



(fonte: www.icpg.com.br/hp/revista/download.exec.php?)

Marketing Relacional



O termo marketing relacional foi utilizado pela primeira vez na literatura de marketing de serviços, em 1983, por Leonard Berry.
O marketing relacional apresenta-se como um novo paradigma (Gronroos, 1994ª e 1994b; Gummesson, 1998), centrando-se na construção de relações estáveis e duradouras com os seus clientes, em contraste com a abordagem tradicional orientada para promover transacções.
Este meio de comunicação é centralizado no cliente e apoiado no desenvolvimento tecnológico, na gestão de informação e no serviço ao cliente. Esta orientação implica uma concepção estratégica da organização baseada nos recursos (humanos, tecnológicos, conhecimento, tempo, etc.) e nas capacidades que permitem alcançar uma vantagem competitiva difícil de imitar pela concorrência.

O núcleo é o relacionamento com o cliente, sustentado na base da fidelização. As organizações começam a perceber que é mais fácil e barato manter um cliente fidelizado, que angariar um novo. Também serve de indicador para o serviço que a organização presta aos seus clientes, i.e., se existe na sua carteira de clientes uma grande entrada e saída de clientes o mesmo será dizer que há muitos clientes insatisfeitos e que tentam encontrar quem melhor satisfaça as suas necessidades. Na pratica um cliente que tenha um bom relacionamento com o seu fornecedor está menos predisposto à mudança, reduzindo para a organização o risco de concorrência.




Um exemplo é o Modelo/Continente com o cartão de descontos, onde os clientes são ressarcidos desses descontos na próxima compra.

As vantagens do Marketing Relacional sendo bem aplicada reduzem o risco de perda de clientes, o que se traduz em evidentes mais valias para a organização.


Nas desvantagens, quer nesta comunicação quer em qualquer outra, a perda de um cliente é sempre um indicador que algo correu menos bem na organização.


(Fonte:http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/egg/v12n2/v12n2a07.pdf)

EndoMarketing



O Endomarketing existe dentro das grandes organizações para atrair o primeiro cliente, o cliente interno, o mesmo quer dizer todos os colaboradores, tentando com esta estratégia melhorar resultados da empresa, e por consequência atrair ou reter clientes externos.
Através desta atitude estratégica, tenta-se proporcionar aos funcionários uma noção da importância de um serviço orientado para atender os clientes, fazendo-os ter a capacidade de responder qualquer dúvida que surja dentro da organização, e isso inclui envolvimento, comprometimento, valorização e principalmente qualificação dos colaboradores, visando assumir responsabilidades e iniciativas, conhecendo todas as rotinas de serviço da empresa onde estão inseridos (BEKIN, 2004).
Na prática as organizações sem colaboradores satisfeitos terão muito mais dificuldades em conseguir transpor os obstáculos que vão surgindo no seu percurso de vida do que uma organização que mantém os seus colaboradores informados das suas linhas orientativas, dos seus projectos, das suas dificuldades, etc.


Nesta comunicação o melhor exemplo de quanto é importante o trabalho em equipa será no futebol, se a equipa não for coesa, não compreender o que o treinador transmite e não existir espírito de entreajuda ficará mais fragilizada em comparação com o “F.C.P”.




As vantagens nesta técnica de comunicação são enormes porque os colaboradores satisfeitos, são colaboradores proactivos, logo proporcionam a partilha de ideias e conhecimentos que podem ser fundamentais para o desenvolvimento da organização. A importância dada a outro pilar da empresa que é a carteira de clientes também sai reforçada neste tipo de comunicação.



A maior desvantagem é que não é fácil aplicar o EndoMarketing porque o factor humano é imprevisível devido a factores externos à organização, logo, exigente na forma e no conteúdo como é transmitido. Neste sentido, não conseguir passar este tipo de comunicação pode ser fatal para as empresas, i.e., não cumprimento de objectivos, clientes externos insatisfeitos e notoriedade negativa.


(Fonte: www.meiosepublicidade.pt/2006/07/28/Endomarketing/)

Marketing Viral



Segundo Graham (1999), Marketing Viral nada mais é do que criar mensagens virtuais que contenham conceitos absorvidos por pessoas que entrem em contacto com a mensagem. Tais mensagens devem ser poderosas o bastante para incentivarem os consumidores a passá-las, criando multiplicadores dessas mensagens.
O termo “viral” apresenta uma analogia ao processo similar da epidemia vírica, onde o “infectado” contamina o outro, disseminando o vírus. Em alguns casos esse vírus pode modificar-se e/ou multiplicar-se, agindo de uma forma mutante, i.e., vai sendo modificada à medida que vai sendo transmitida (quem conta um conto acrescenta um ponto).


A primeira acção bem sucedida de Marketing Viral conhecida foi utilizada pela Microsoft no seu serviço gratuito e-mails, o Hotmail em Julho de 1996, todos os e-mails enviados utilizando o sistema do Hotmail tinham em rodapé uma frase a promover o serviço de e-mail gratuito “Get your free e-mail at Hotmail”.

Com este tipo de meios vieram algumas associações negativas ao Marketing Viral utilizado a internet, o SPAM, o qual é associado a conteúdos publicitários de divulgação não solicitada, chegando a “entupir” as caixas de correio electrónico. Assim, facilmente se associa o Spam com Marketing Viral.



Seguindo o exemplo de Seth Godin no livro Ideavirus, se começarmos um programa com penas 10 indivíduos, e assumirmos que cada pessoa influencia outras 5, das quais metade fica interessada e influência os seus contactos, após 18 repetições, atingimos 58 milhões de participantes.
A maior dificuldade na utilização desta técnica é que não consegue controlar a propagação da mensagem. A sua cobertura e o tempo de propagação são variáveis e ficam fora de controlo. Quanto maior o interesse, menor o tempo de propagação e maior o número de pessoas atingidas.





O exemplo clássico é o Hotmail, um dos primeiros serviços a oferecer e-mail gratuito, onde quem tem um endereço de e-mail Hotmail, em rodapé vai anexada uma mensagem “tenha o seu e-mail gratuito”




Vantagens para está técnica assentam essencialmente na facilidade de propagação da mensagem com custos reduzidos. Utilizando a internet consegue transpor barreiras e tornar-se internacional. Se a estratégia for bem sucedida o retorno que advir daí poderá ser elevado.








A principal desvantagem é o baixo controlo que a organização tem sobre o que é transmitido de pessoa para pessoa podendo mesmo inverter totalmente a intenção inicial da campanha. Por isso, muitas empresas não arriscam em comunicar através desta técnica. A associação ao Spam também é outro aspecto negativo.



(Fonte:http://www.blogger.com/post-edit.g?ID=4079236985139910193&postID=3402056456145933199)

(Fonte:http://www.fa7.com.br/recursos/imagens/File/publicidade/Monografia_Bruno_avila.pdf)